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Imagem: Reprodução / Internet |
Os testes do Drex estão previstos para durar até o final do primeiro semestre de 2025. Durante essa fase, o Banco Central avaliará a implementação de smart contracts, ou contratos inteligentes, que são sequências de procedimentos que permitem a execução automática de transações a partir de condições pré-definidas. Com essa tecnologia, organizações participantes poderão criar e gerenciar seus próprios serviços baseados no Drex, indo além dos mecanismos disponibilizados pelo BC.
Importância dos Smart Contracts
Os smart contracts são uma tecnologia crucial para o Drex, permitindo a execução automática e segura de transações. Isso possibilita que as organizações desenvolvam serviços personalizados, ampliando as possibilidades de uso do Drex. Na nova fase de testes, será fundamental avaliar diferentes casos de uso, sempre atendendo aos requerimentos de privacidade exigidos pela legislação vigente.
Participação de Outros Reguladores
Além dos ativos regulados pelo Banco Central, o ambiente de testes do Drex incluirá ativos não regulados pelo BC. Para isso, será necessária a participação ativa de outros reguladores, especialmente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que já acompanha de perto a evolução da moeda digital no Brasil.
Atrasos na Implementação
Quando o Drex foi anunciado, havia uma expectativa de que o sistema entrasse em operação até o final de 2024, mesmo que com funcionalidades limitadas. No entanto, diversos fatores contribuíram para o atraso no cronograma. Entre eles, destaca-se a operação-padrão dos servidores do Banco Central, que durou dez meses e foi encerrada em abril, impactando também a implementação do Pix Automático.
Previsões para o Futuro
O Banco Central ainda não definiu uma data oficial para o lançamento do Drex. Se não houver complicações ou imprevistos durante as fases de testes, é possível que o sistema entre em uma fase preliminar de funcionamento até o final de 2025.
O Que é o Drex?
O Drex é uma moeda digital, ou CBDC (Central Bank Digital Currency), como são conhecidas as moedas digitais emitidas por bancos centrais. Este projeto do Banco Central do Brasil visa criar uma versão digital do real, com lastro do governo e emissão centralizada. Assim como o real tradicional, o Drex terá os mesmos valores, garantias e segurança, permitindo inclusive a troca de notas físicas por montantes digitais e vice-versa.
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Imagem: Reprodução / Pixabay.com |
Um dos pilares tecnológicos que sustentarão o funcionamento do Drex é a DLT (Distributed Ledger Technology), ou Tecnologia de Registro Distribuído. Este sistema de armazenamento de dados distribuídos é semelhante a uma blockchain, proporcionando uma estrutura segura e transparente para o registro de transações.
Com o Drex, o Banco Central do Brasil busca não apenas modernizar o sistema financeiro, mas também aumentar a eficiência e a segurança das transações financeiras no país, preparando o terreno para uma economia cada vez mais digital.